Para começar
Sobre os planos de Educação Financeira
A Educação Financeira integra a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) como um dos temas transversais que deve ser explorado e trabalhado concomitante aos demais componentes curriculares. De acordo com a Base, a Educação Financeira não deve se restringir ao ensino cru de Matemática. “Essa unidade temática favorece um estudo interdisciplinar envolvendo as dimensões culturais, sociais, políticas e psicológicas, além da econômica, sobre as questões do consumo, trabalho e dinheiro”. Pretende-se, com os planos de Educação Financeira, fazer os estudantes refletirem sobre ações individuais e coletivas que podem impactar sua vida e a da sociedade.
As orientações deste plano não devem ser apresentadas aos estudantes, pois elas detalham as ações e trazem mais subsídios para que você, professor, se organize melhor para a realização da aula.
Os planos de Educação Financeira têm o objetivo de promover um trabalho inter e transdisciplinar, já que as habilidades destacadas para cada componente curricular se correlacionam com o tema transversal.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018a.
Ação prévia
Conhecer e reconhecer o modo como a sociedade evolui e se organiza, inclusive nos aspectos econômicos, pode despertar um novo olhar do estudante em relação a sua realidade e às possibilidades de mudança. Para tal, reconhecer as opções financeiras existentes pode ampliar o olhar para o “planejamento” do futuro de cada pessoa, bem como mudanças em sua comunidade. Por isso, a importância de discutir temáticas relacionadas à Educação Financeira no espaço escolar, enquanto transformação das realidades. Neste plano, o foco está na instituição financeira: banco e banco comunitário, como recurso de investimento ou empréstimo e de mudança social. Partir do contexto local e visualizar pequenas mudanças ou novas formas de organização contribui para que o estudante comece a se perceber enquanto ser social.
Para se aprofundar
O Banco Central do Brasil possui materiais que podem ser utilizados tanto como fonte de informação para aprofundamento das temáticas relacionadas à Educação Financeira, como para materiais didático-pedagógicos. Para saber mais sobre a temática envolvida neste plano, acesse:
No site do Banco Palmas estão disponíveis diversos projetos, reportagens e novidades sobre os bancos comunitários. Para aprofundar os conhecimentos sobre a temática, acesse:
Outro ponto a ser explorado neste plano é o recurso do mapa mental, que contribui na investigação, pesquisa e organização de ideias construídas referentes ao objeto do conhecimento. Para saber um pouco sobre essa estratégia, acesse:
Orientações iniciais para o professor
Tempo sugerido:
50 minutos de aula.
Para o desenvolvimento deste plano de aula, indicamos o uso dos seguintes materiais
Obs.: Na falta de algum desses materiais, vale destacar que no decorrer do plano há sugestões de adequações dos conteúdos.
Contexto
Tempo sugerido:
12 minutos.
Orientações
Organize a turma em grupos. A escolha dos integrantes pode ser feita por afinidade entre os participantes ou em agrupamentos produtivos para que trabalhem colaborativamente, sendo importante garantir pelo menos um membro que leia fluentemente para potencializar a proposta. Em seguida, distribua uma Atividade 1 para cada grupo.
O que propor?
Para iniciar, converse com a turma se eles conhecem a estratégia “mapa mental”. Caso esse recurso não tenha sido utilizado ainda em outras aulas, apresente, de modo sucinto, as ideias iniciais de um mapa mental:
- Tema central (pode ser um objeto de conhecimento, um problema a ser resolvido e outros).
- Ramificações que representem os desdobramentos do tema e/ou soluções de um problema
- Ramificações que apresentam um inter-relacionamento das ideias.
Projete para a turma o trecho do livro ‘O que são os bancos?’, disponível no texto de apoio dos materiais complementares deste plano. Caso não seja possível projetar o texto, imprima uma cópia para cada grupo ou leia o texto em voz alta.
Após a leitura, peça-lhes para discutir no grupo o que sabem sobre a instituição financeira do banco. Para potencializar a discussão, pode propor as seguintes questões:
- Quais bancos você conhece?
- Sua família utiliza serviços de banco? Quais serviços eles utilizam?
Em seguida, peça-lhes para organizar as informações aprendidas por meio da leitura do texto e das discussões, utilizando a ideia de estrutura do mapa mental. Para tal, leia a proposta 1 da Atividade 1 (disponível nos materiais complementares deste plano). Converse com a turma que todos os integrantes devem ser ouvidos e, para que o trabalho se organize mais efetivamente, os estudantes podem se organizar por meio dos seguintes papéis:
- Mediador - membro que vai garantir que todos tenham voz e vez no grupo.
- Redator - responsável pelo registro das ideias no mapa mental.
- Leitor - responsável pela leitura e socialização do produto do grupo com os demais estudantes da turma.
Os demais membros contribuem na organização das ideias e na seleção das principais informações a serem descritas.
Neste primeiro momento, não faça interferências diretas a respeito do levantamento de conhecimentos que os estudantes já possuem sobre o “banco” e suas funções. Entretanto, circule pela sala, orientando como organizar as ideias no mapa.
Sugestões de adequação
Caso não seja possível projetar o texto, distribua uma cópia dele para cada grupo, leia-o e escreva no quadro “INSTITUIÇÃO FINANCEIRA: BANCO e BANCO COMUNITÁRIO”. É importante utilizar as palavras instituição e financeira, pois é importante frisar que a instituição financeira tem como principal função a captação de recursos financeiros fornecendo produtos e serviços de investimento e crédito (ex.: financeira de crédito, banco, cooperativas, corretoras, fundo de pensões e outros) e não é sinônima de banco.
Problematização
Tempo sugerido:
18 minutos.
Orientações
Mantenha a organização dos grupos para que as propostas tenham uma continuidade. Nessa etapa, os estudantes irão fazer uso do mapa mental construído na etapa de Contextualização como apoio para a construção do novo.
O que propor?
Converse com a turma que a proposta é construir um novo mapa mental com o propósito de confirmar ou ampliar os conhecimentos acerca da instituição financeira, porém no viés de banco comunitário.
Peça-lhes para acompanharem a leitura da proposta 2, presente na Atividade 1 distribuída no início do plano. Após a leitura, destaque no quadro o termo “ECONOMIA SOLIDÁRIA”, e explique-lhes que os bancos comunitários, diferentemente dos bancos comuns, facilitam as questões de empréstimos e investimentos baseadas nos princípios da confiança entre as pessoas da comunidade.
Sugestões de adequação
Na impossibilidade de impressão da atividade do grupo, os mapas mentais podem ser construídos no caderno, e o professor pode ser leitor do texto, destacando no quadro trechos que julgar necessário.
Sistematização
Tempo sugerido:
12 minutos.
Orientações
A proposta é de que os grupos construam autonomia nas discussões. Para tal, reforce a importância de todos exporem os seus pontos de vista. A discussão entre eles é fundamental.
O que propor?
Pergunte se alguém já ouviu falar ou conhece algum banco comunitário. Em seguida, leia a proposta da construção do mapa mental de criação de um banco solidário.
Atenção! Os estudantes podem partir das características locais para a construção de um possível banco comunitário.
Para isso, reserve 10 minutos. Retome os papéis desempenhados no grupo (mediador, redator e leitor).
Para potencializar a proposta, circule entre os grupos e faça as mediações necessárias.
Sugestão de mediação:
- Quais as vantagens do banco comunitário?
- A utilização de uma moeda social estimula ou não o comércio local?
Após o término da construção dos mapas, peça aos grupos para socializar as ideias.
Os mapas mentais podem ser utilizados em propostas futuras.
Sugestões de adequação
Para a construção do mapa existe a possibilidade de utilizar aplicativos on-line, como o LucidChart.
Na dificuldade de impressão da atividade, o mapa mental pode ser construído em folhas de sulfite ou no caderno. Entretanto, é necessário destacar os pontos para os quais eles devem se atentar de modo a contribuir para a construção de uma linha de pensamento.
O que aprendemos?
Tempo sugerido:
8 minutos.
Orientações
Esse é um momento importante para avaliar as aprendizagens após a proposição do plano. A proposta avaliativa é uma autoavaliação, que é importante para que se avalie as aprendizagens construídas e as que necessitam ser retomadas em outros momentos e aprofundadas sobre a temática, com foco em ações futuras.
Organize as cópias da Atividade 2.
O que propor?
Distribua para cada estudante a Atividade 2. Em seguida, peça-lhes para preencher individualmente. Converse com a turma que não há uma única resposta correta para as questões que são individuais.
Sugestões de adequação
Na impossibilidade de impressão das atividades, anote as questões no quadro e peça-lhes para responder em uma folha à parte.