Manchete o Globo
Plano de Aula
Plano de aula: A vinda da corte de D. João VI ao Brasil
Plano 1 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Independência da América portuguesa
Sobre este plano
Este slide em específico não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você, professor, possa se planejar.
Este plano está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos . Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade EF 08H12 de História, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes.
Materiais necessários: Projetor para as imagens e manchete (ou impressões); Impressão do documento para os estudantes.
Material complementar:
Manchete para contexto:
Imagem Chafariz das Marrecas: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/Tkm8xyJtvbPccPfQ4VyCqtaGT6xvevUGkWStYnFEQZU4bg7PFrmPsTT6Kwzx/his8-12und01-chafariz-das-marrecas.pdf
Texto “Lei sobre águas sujas” de 1808: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/aQtV78zqY7Ds93Ev6eJXsW3NCThDGKykySvXaWuyp9PvYBB7KDKuJEJhXgPf/his8-12und01-lei-sobre-aguas-sujas-1808.pdf
Material para sistematização: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/8z2tcaNQcukTgm38ES8Du6QemTFYWhATuThNEdyCG7m3ejGCyuZwaDtXC3Dz/his8-12und01-material-para-sistematizacao-chafariz-das-marrecas.pdf
Para você saber mais:
Registro de navios e passageiros que desembarcaram com a família real portuguesa em 1808.
Justificativa : contato com fonte primária, possibilidade de atividade de paleografia com os alunos.
Questão norteadora para análise da fonte: Refletir com os alunos que o Rio de Janeiro tinha uma população de cerca de 60 mil pessoas quando a família real portuguesa chegou em 14 navios com 15 mil pessoas, trazendo a corte e os mais altos funcionários de Portugal. Isso causou o aumento de aproximadamente 25% da população.
Objetivo
Tempo sugerido: 3 minutos
Orientações: Apresente o tema aos alunos escrevendo-o no quadro ou lendo-o para a turma. Se estiver fazendo uso de projetor, apresente esse slide e faça uma leitura coletiva.
Contexto
Tempo sugerido: 12 minutos
Orientações: Leia com os alunos a manchete sobre o consumo diário de água no Rio de Janeiro. A proposta é a de que possam refletir acerca da problemática do abastecimento de água nas cidades brasileiras. Para isso, questione:
- Por que as pessoas utilizam tanta água diariamente? Este consumo é feito de forma adequada?
- O problema do abastecimento de água nas cidades pode ser relacionado ao grande número de pessoas que habitam esse lugar?
- E sobre a distribuição dela, será que todos os lugares tem acesso a água tratada e encanada?
- Quais regiões geralmente costumam ter mais problemas de abastecimento de água?
- Você já vivenciou algum momento de desabastecimento de água em sua casa ou escola?
Reportagem completa: “Rio é o estado do país onde há o maior consumo diário de água por habitante”. Fonte: G1. Disponível em: https://oglobo.globo.com/rio/rio-o-estado-do-pais-onde-ha-maior-consumo-diario-de-agua-por-habitante-14889970 Acesso em 15 de outubro de 2018.
Como adequar à sua realidade: Caso haja o problema de desabastecimento de água na localidade onde a aula estará sendo desenvolvida, use uma fonte de jornal local (notícia ou relato - fonte oral). Também é um momento interessante para que os estudantes compartilhem suas vivências, caso já tenham visto ou enfrentado problemas com saneamento básico ou enchentes.
Problematização
Tempo sugerido: 20 minutos
O slide 4 poderá ser analisado em 7 minutos e a leitura do texto proposta no slide 5 poderá ser feita em 13 minutos.
Orientações: Divida a turma em grupos para que os estudantes possam interpretar as imagens conversando entre os grupos.
Apresente a imagem para a turma e faça a proposta de “ler a imagem” com os estudantes , buscando compreendê-la, interpretá-la, descrevê-la, decompô-la e recompô-la para apreensão juntamente com o conteúdo. Uma imagem pode propiciar uma infinidade de leituras devido às relações que seus objetos sugerem. No caso da imagem “o chafariz das marrecas” é possível observar a cor de pele daqueles que estavam buscando e carregando água. É também possível observar a falta de calçados, as diferentes ocupações deles pelas vestes (escravizados domésticos eram mais bem vestidos do que outros), diferentes gêneros e idades.
Imagem Chafariz das Marrecas: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/Tkm8xyJtvbPccPfQ4VyCqtaGT6xvevUGkWStYnFEQZU4bg7PFrmPsTT6Kwzx/his8-12und01-chafariz-das-marrecas.pdf
Questão norteadora para análise da fonte: Refletir como, sem água encanada, as pessoas precisavam buscar água nas fontes para suas casas e para as atividades do dia a dia, por isso, a reforma e instalação de novas fontes na cidade significavam uma melhora na vida da população.
As questões a seguir podem ser feitas aos estudantes para que interpretem a imagem:
- Como é viver sem água encanada em casa?
- Quem buscava água na fonte representada na pintura?
- Quem usava a água que era trazida da fonte?
- Para que essa água poderia ser usada?
- Na imagem podem ser observados animais bebendo água no mesmo lugar que as pessoas escravizadas pegavam água. Será que isso é adequado para a saúde?
Converse com os estudantes acerca das questões aproveitando para inserir as seguintes informações: O Rio de Janeiro tinha uma população estimada de 60 mil pessoas quando a família real portuguesa chegou com em 14 navios com a corte e os mais altos funcionários de Portugal com cerca de 15 mil pessoas. Isso acarretou no aumento de quase 25% da população, tornando necessária a recuperação e construção de várias fontes d'água, a fim de melhorar o abastecimento da cidade.
Como adequar à sua realidade: Reflita com os alunos sobre os transtornos gerados pelo desabastecimento de água, a partir de notícias ou relatos deste tipo de ocorrência em sua região.
Para você saber mais: Registro de navios e passageiros que desembarcaram com a família real portuguesa em 1808. https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/Gfc4wKBqzZYCpDpdsnHj3UdbJdSR2n3gQScHEGwh4RHXPphd9fXjptqAvKyG/copia-de-br-rjanrio-59-cod-0-0730-v-01-d0001de0001.pdf
Problematização
Tempo sugerido: 13 minutos
Orientações: Distribua o documento impresso para os alunos, com o texto do Edital legislativo sobre novos costumes implantados no Rio de Janeiro com a chegada da corte.
Link:
Os estudantes deverão ler o edital em duplas ou em grupos, solucionando dúvidas de vocabulário que possam surgir. Depois da leitura do texto, converse com os alunos sobre qual era o costume da época quanto as “águas sujas” das residências.
- Se não havia água encanada, qual seria a possível solução para o escoamento de esgoto da cidade?
- Como era passear por uma cidade que não tinha rede esgoto?
- Existe uma preocupação em cuidar da cidade expressa nesse edital?
- Podemos relacionar a data do edital com a chegada da corte no Rio de Janeiro? (Observe que existe uma preocupação em cuidar da cidade onde a corte estava mudando um costume através da legislação que é de 1808, mesmo ano que chega a corte portuguesa no Brasil).
Como adequar à sua realidade: Converse com os alunos que a falta de água encanada e de rede de esgotos ainda é uma realidade em muitas cidades no Brasil. Converse sobre a existência desse problema caso ele esteja presente nas proximidades da escola ou da casa dos estudantes.
Para você saber mais: O texto está disponível no link: http://historiacolonial.arquivonacional.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3591&catid=144&Itemid=268 acesso em 19 de novembro de 2018.
No link, logo após o texto, há uma explicação dos verbetes em negrito que podem ser discutidos como conceitos históricos, como por exemplo salubridade e saúde pública.
Sistematização
Tempo sugerido: 15 minutos
Orientações: Para que os estudantes possam se expressar acerca dos conhecimentos desenvolvidos ao longo da aula, proponha que eles produzam uma releitura da imagem estudada do Chafariz das Marrecas. Esta atividade poderá ser desenvolvida de duas maneiras, a sua escolha.
Primeiramente, exponha novamente a imagem do “Chafariz das marrecas “ impressa ou projetada.
Sugestão 1 - Em grupos, os estudantes poderão recortar balões de fala e pensamento para escrever possíveis diálogos e pensamentos das pessoas que estavam buscando água nesse chafariz. Cada grupo, com uma cópia da imagem, poderá colar as falas e pensamentos e expor para que toda a turma tenha acesso. A linguagem utilizada deverá respeitar a diversidade e ser adequada.
Material para atividade disponível em: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/8z2tcaNQcukTgm38ES8Du6QemTFYWhATuThNEdyCG7m3ejGCyuZwaDtXC3Dz/his8-12und01-material-para-sistematizacao-chafariz-das-marrecas.pdf
Sugestão 2 - Em grupos os estudantes poderão fazer uma encenação do que está acontecendo no quadro, os aluno poderão encenar diálogos referentes a falta de saneamento e a dificuldade de acesso a água, lembrando que as pessoas escravizadas eram encarregadas do trabalho pesado. Poderá ser questionado se toda a água que carregavam era usada para aqueles que estavam carregando.
Leve baldes de água para a sala de aula, para que os alunos possam sentir o peso e usá-los nas encenações. O registro da encenação de cada um dos grupos poderá ser feito usando um celular com dispositivo de fotografia ou vídeo.
Observação: Orientar os alunos quanto ao uso da linguagem respeitosa e não fazer a caracterização preconceituosa ou estigmatizada das pessoas escravizadas a serem representadas. Para saber mais sobre isso, ver a reportagem sobre a prática do blackface:
Maquiar ator branco com tinta preta é uma forma de racismo? Sim. Época. Disponível em: https://epoca.globo.com/ideias/noticia/2015/05/maquiar-ator-branco-com-tinta-preta-e-uma-forma-de-racismo-sim.html Acesso em: 15 de novembro de 2018.
Para você saber mais:
Chafariz das Marrecas - Memória de um monumento de Mestre Valentim. Rio e Cultura. Disponível em: http://www.rioecultura.com.br/coluna_patrimonio/coluna_patrimonio.asp?patrim_cod=32 Acesso em: 19 de novembro de 2018.
Sugestão de adaptação para ensino remoto
Ferramentas sugeridas
- Essenciais: PDF com documentos de texto, imagens e áudio ou vídeo com orientações do professor.
- Optativas: Google Sala de Aula, Google Meets, Padlet, Google Apresentações.
Contexto
Envie o objetivo da aula e a notícia sobre o abastecimento de água na cidade do Rio de Janeiro. Junto com a reportagem, envie questões para ajudar os estudantes a analisarem as fontes. Utilize a forma de comunicação que for mais conveniente para a turma: e-mail, Whatsapp, Google Sala de Aula ou outro meio de comunicação.
Para facilitar a interpretação das fontes pelos estudantes de modo autônomo, algumas questões propostas no plano original foram alteradas ou excluídas, bem como novas questões podem ter sido incluídas neste material. Faça uso dos questionamentos da maneira que considerar mais eficiente para a sua turma.
Questões para refletirem:
- Por que as pessoas utilizam tanta água diariamente? Este consumo é feito de forma adequada?
- Quais regiões geralmente costumam ter mais problemas de abastecimento de água?
- Você já vivenciou algum momento de desabastecimento de água em sua casa ou escola?
Questões para responder:
- O problema do abastecimento de água nas cidades pode ser relacionado ao grande número de pessoas que habitam esse lugar?
- E sobre a distribuição dela, será que todos os lugares tem acesso a água tratada e encanada?
Estabeleça um prazo para que os estudantes analisem as fontes e enviem as respostas. Eles podem encaminhá-las por escrito, áudios ou vídeos, no próprio grupo da sala.
Você pode encaminhar pequenos vídeos ou áudios pontuando questões que eles possam não ter percebido ou compreendido a respeito dos materiais apresentados e respondendo dúvidas que os alunos possam ter.
Outra alternativa para este momento é marcar uma aula síncrona com a turma para ouvir as respostas e fazer um debate, enquanto esclarece dúvidas e acrescenta informações.
Problematização
Nesta etapa da aula, você pode propor que os alunos trabalhem agrupados ou individualmente. Para trabalharem agrupados, eles podem se comunicar por meio de Whatsapp, e-mail, Facebook ou qualquer outra ferramenta. O importante é que troquem informações e se auxiliem na análise das fontes. Você pode deixar que se agrupem livremente ou pode separá-los em duplas, trios ou grupos, de acordo com o seu conhecimento sobre a turma.
Encaminhe as fontes propostas nesta etapa da aula, junto com alguns questionamentos para auxiliar a análise das fontes:
Questões para refletirem:
Imagem Chafariz das Marrecas
- Observe a imagem e procure identificar quem são as pessoas retratadas nela. Como é a sua feição? São homens, mulheres adultos ou crianças? Como estão vestidos? Usam sapatos? O que estão fazendo?
- Como é viver sem água encanada em casa?
Edital de Paulo Viana
- Que documento é este? Quando foi publicado? Onde?
- Se não havia água encanada, qual seria a possível solução para o escoamento de esgoto da cidade?
Questões para responderem:
Imagem Chafariz das Marrecas
- Quem buscava água na fonte representada na pintura?
- Quem usava a água que era trazida da fonte?
- Para que essa água poderia ser usada?
- Na imagem podem ser observados animais bebendo água no mesmo lugar que as pessoas escravizadas pegavam água. Será que isso é adequado para a saúde?
Edital de Paulo Viana
- Como seria passear por uma cidade que não tem rede de esgoto?
- Existe uma preocupação em cuidar da cidade expressa neste edital?
- Podemos relacionar a data do edital com a chegada da corte no Rio de Janeiro? Como?
Estabeleça um prazo para que os alunos enviem as respostas aos questionamentos, escritas ou através de áudios ou vídeos. Você pode encaminhar pequenos áudios ou vídeos esclarecendo dúvidas e pontuando informações que os alunos possam não conhecer como o costume de despejar as “águas sujas” das residências em vias públicas, daquele período.
Sistematização
Na atividade de sistematização, são propostas duas maneiras de fazer uma releitura da obra "Chafariz das Marrecas". Para a primeira opção, os alunos podem editar a imagem digitalmente, utilizando programas de computador ou aplicativos de smartphones como o Google Apresentações, para incluir os balões com falas e pensamentos das pessoas representadas na pintura. Eles também podem imprimir a pintura, fazer os balões à mão, ou fazer um desenho representando a pintura e acrescentando as frases. Os alunos podem compartilhar as produções, ou fotografias delas, com a turma, na sala do Google Sala de Aula ou em um mural no Padlet.
Para a segunda opção, os alunos podem gravar falas para a encenação em seus telefones e depois editar um vídeo ou filmar a encenação todos juntos, utilizando o Google Meet, por exemplo.
Convite às famílias
Incentive os estudantes a compartilharem as criações com os familiares e amigos através das redes sociais.
Caso haja interesse, as famílias podem assistir aos episódios do documentário História do Brasil por Bóris Fausto, disponíveis no site da Tv Escola, que apresentam de maneira bastante didática, os principais aspectos de todos os períodos da História do Brasil (disponível aqui).
O site Era Virtual disponibiliza visitas virtuais a vários museus brasileiros, o que pode enriquecer muito o aprendizado da História de nosso país (disponível aqui).
Links para tutoriais sobre as ferramentas propostas neste plano:
Google Sala de Aula (como criar e postar atividades).
Google Sala de Aula (como criar uma turma).
Google Drive (como organizar pastas).
Google Meet (como criar uma reunião online).
Padlet (como usar).
Youtube (e suas muitas possibilidades).
Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores de Nova Escola
Professor: Daniele Souza
Mentor: Bianca Silva
Especialista: Sherol dos Santos
Assessor pedagógico: Oldimar Cardoso
Ano: 8º ano do Ensino Fundamental
Unidade temática: Os processos de independência nas Américas
Objeto (s) de conhecimento: Os caminhos até a independência do Brasil
Habilidade(s) da BNCC: (EF08HI12) Caracterizar a organização política e social no Brasil desde a chegada da Corte portuguesa, em 1808, até 1822 e seus desdobramentos para a história política brasileira.
Palavras-Chave: Brasil colonial, família real, Rio de Janeiro, urbanização
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