Modelo da HQ a ser produzida
Plano de Aula
Plano de aula: A rainha Njinga e as resistências africanas à dominação portuguesa
Plano 4 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Comércio entre África e a América
Sobre este plano
Este slide em específico não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você possa se planejar.
Este plano está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos. Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade EF07HI14, de História, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, você observará que ela não será contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes.
Materiais necessários: Papel sulfite, lápis, giz de cera, canetas hidrográficas.
Material complementar:
Modelo da HQ
Para você saber mais:
BRASIL. Resistência negra à escravidão. Biblioteca Nacional Digital Brasil, 2019. Disponível em: <https://bndigital.bn.gov.br/dossies/trafico-de-escravos-no-brasil/resistencia-negra-a-escravidao/>. Acesso em: 23 fev. 19.
FONSECA, Mariana Bracks. Nzinga Mbandi e as guerras de resistência em Angola século XVII. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-graduação em História Social, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. USP: São Paulo, 2012. Disponível em: <https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-14032013-094719/publico/2012_MarianaBracksFonseca.pdf>. Acesso em: 24 fev. 19.
MARQUESE, Rafael de Bivar. A dinâmica da escravidão no Brasil: resistência, tráfico negreiro e alforrias, séculos XVII a XIX. Novos estud. - CEBRAP, São Paulo, n. 74, mar. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-33002006000100007>. Acesso em: 23 fev. 19.
MICHAELIS. Significado da palavra resistência. Dicionário Michaelis, 2019. Disponível em: <https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/resist%C3%AAncia/>. Acesso em: 23 fev. 19.
UNESCO. Njinga a Mbande - Série UNESCO Mulheres na História da África. UNESCO, 2014. Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/77/Nzinga_Mbandi_Queen_of_Ndongo_and_Matamba_Portuguese.pdf>. Acesso em: 23 fev. 19.
WIESER, Dóris. A Rainha Njinga no diálogo sulatlântico: género, raça e identidade. Iberoamericana, n. 17, v. 6, p. 31-53, 2017. Disponível em: <http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/29823/1/2409-5110-1-PB.pdf>. Acesso em: 23 fev. 19.
Objetivo
Tempo sugerido: 3 minutos.
Orientações:
Com os alunos divididos em duplas para a atividade de Sistematização, o professor deve deixar claro qual o contexto histórico do qual a aula se trata, o século XVII, mas também a personagem central que auxilia no entendimento destas resistências: a rainha Njinga, da atual Angola; naquele momento era governante do reino de Dongo e também comandava o Estado vizinho, Matamba. A rainha governou de 1624 a 1663 e foi protagonista das chamadas guerras angolanas.
Contexto
Tempo sugerido: 7 minutos.
O tempo sugerido refere-se a este slide e ao subsequente.
Orientações:
Nesta etapa, o docente deve instigar os alunos a pensar no que significa resistir, podendo ser com atitudes físicas, mas também com expressões culturais e artísticas, e pedir que eles tragam exemplos de resistência atualmente: como o movimento feminista, indígena, sem terra, e os motivos pelos quais esses grupos resistem. Inicialmente, só deve ser mostrada a imagem para que os mesmos analisem e indiquem elementos presentes nela. As perguntas que devem ser direcionadas aos alunos estão no próximo slide.
Descrição da fonte:
A fonte apresentada, pintura feita pelo artista Augustus Earle, em 1824, retrata dois homens jogando ou lutando capoeira, outras duas pessoas assistindo, e um soldado imperial provavelmente chegando para repreender o jogo, que naquele momento era proibido no Brasil.
Fonte:
EARLE, Augustus. Negros lutando. Pintura por Augustus Earle mostrando negros lutando com passos de Capoeira. Wiki Commons, 1824. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:CapoeiraEarle_02.JPG>. Acesso em: 22 fev. 19.
Para você saber mais:
BRASIL. Resistência negra à escravidão. Biblioteca Nacional Digital Brasil, 2019. Disponível em: <https://bndigital.bn.gov.br/dossies/trafico-de-escravos-no-brasil/resistencia-negra-a-escravidao/>. Acesso em: 23 fev. 19.
Contexto
Orientações:
Entender a palavra “resistir” inicialmente fora de um contexto específico, é essencial para entender os contextos em que a resistência é inserida e ressignificada. De acordo com o Dicionário Michaelis (2019 s.p), a palavra “resistência” tem os seguintes significados: “1. Ato ou efeito de resistir;
2. Capacidade que uma força tem de se opor a outra; 3. Capacidade que o ser humano tem de suportar a fome e a fadiga; 4. Defesa contra uma investida; 5. Recusa do que é considerado contrário ao interesse próprio; 6. Não aceitação da opressão; 7. Qualidade de quem é persistente [...]”.
Por isso, eles devem identificar se resistem a algo a partir destes significados dados pelo dicionário. Então, responder se o que, os homens estão fazendo na imagem é uma forma de resistência; caso eles identifiquem, o docente deve reforçar que naquele período as manifestações culturais africanas eram proibidas, não só a capoeira, mas também as religiões, por exemplo. Desta forma, se eles não identificarem outras formas de resistência, o docente pode citar algumas da atualidade, como na cultura afro-brasileira, com os turbantes utilizados, as religiões, as manifestações culturais e religiosas; na cultura indígena, as línguas nativas que são passadas de geração em geração e que estão sendo extintas, as terras indígenas, a inserção dos indígenas nas universidades; no movimento feminista, a luta pela afirmação dos direitos das mulheres, a conscientização acerca dos estereótipos que reforçam a desigualdade de gênero etc.
Para você saber mais:
BRASIL. Resistência negra à escravidão. Biblioteca Nacional Digital Brasil, 2019. Disponível em: <https://bndigital.bn.gov.br/dossies/trafico-de-escravos-no-brasil/resistencia-negra-a-escravidao/>. Acesso em: 23 fev. 19.
MARQUESE, Rafael de Bivar. A dinâmica da escravidão no Brasil: resistência, tráfico negreiro e alforrias, séculos XVII a XIX. Novos estud. - CEBRAP, São Paulo, n. 74, mar. 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-33002006000100007>. Acesso em: 23 fev. 19.
MICHAELIS. Significado da palavra resistência. Dicionário Michaelis, 2019. Disponível em: <https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/resist%C3%AAncia/>. Acesso em: 23 fev. 19.
Problematização
Tempo sugerido: 20 minutos.
O tempo sugerido refere-se a este slide e aos dois subsequentes.
Orientações:
Ao deixar claro o que é resistência, nesta etapa o docente deve mostrar aos alunos como os povos africanos resistiram à escravidão, desde o século XVII, estudado neste plano, até a atualidade, em que os resquícios do sistema escravista tão instaurado no Brasil permanecem em alguns setores. Para isso, será utilizada a figura da rainha Njinga , que governava o reino do Ndongo e do Matamba, por volta de 1624 a 1663, territórios que hoje correspondem ao país africano Angola. Inicialmente, o sucessor de seu pai, Ngola Mbande Kiluanji, foi o irmão Ngola Mbande, que não tinha as mesmas habilidades e destreza para negociações e diplomacia como Njinga. Por isso, quando ele morreu, em 1624, logo Njinga toma posse e governa até 1663. Sua história completa pode ser acessada na obra da UNESCO e na dissertação “Nzinga Mbandi e as guerras de resistência em Angola século XVII”, que estará no próximo slide e também no item “Para você saber mais”.
Por ter habilidades não só de diplomacia e negociações, mas também para guerrear, a rainha Njinga tem várias representações, assim como diversos nomes atribuídos. Em seus acordos com Portugal, Njinga alegava conversão ao cristianismo, por isso, utilizava também roupas de estilo europeu-cristão, e com o batismo no catolicismo teve o nome alterado para D. Anna de Sousa. Porém, sua vida toda foi inconstante, pois mudava constantemente de roupas, religiões, e costumes, de acordo com as suas necessidades e interesses. A rainha tornou-se como um mito em Angola por ter defendido o país das invasões portuguesas e lutado nas guerras angolanas.
As perguntas que devem ser direcionadas às imagens estão no próximo slide.
Fontes das imagens:
VILLAIN, François. Anna Zingha, Queen of Matamba. Wiki Commons, 1800. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Ann_Zingha,_queen_of_Matamba.jpg>. Acesso em: 10 mar. 19.
KRISTENSEN, Erik. Estátua de Dona Ana de Sousa, Ngola Ana Nzinga Mbande, rainha de Ndongo e Matamba, Luanda, Angola. Wiki Commons, 11 de abril de 2006. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Nzingambande.jpg>. Acesso em: 10 mar. 19.
Para você saber mais:
WIESER, Dóris. A Rainha Njinga no diálogo sulatlântico: género, raça e identidade. Iberoamericana, n. 17, v. 6, p. 31-53, 2017. Disponível em: <http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/29823/1/2409-5110-1-PB.pdf>. Acesso em: 23 fev. 19.
UNESCO. Njinga a Mbande - Série UNESCO Mulheres na história da África. UNESCO, 2014. Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/77/Nzinga_Mbandi_Queen_of_Ndongo_and_Matamba_Portuguese.pdf>. Acesso em: 23 fev. 19.
FONSECA, Mariana Bracks. Nzinga Mbandi e as guerras de resistência em Angola século XVII. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-graduação em História Social, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. USP: São Paulo, 2012. Disponível em: <https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-14032013-094719/publico/2012_MarianaBracksFonseca.pdf>. Acesso em: 24 fev. 19.
Problematização
Orientações:
Para levar os alunos a problematizar as imagens inicialmente o professor deve deixar claro que todas as imagens referentes a Njinga são representações, ou seja, não são como a rainha era de fato, mas sim representações de suas características conforme os interesses apresentados. Na primeira questão, se os alunos não perceberem que se trata da mesma pessoa, o professor deve esclarecer isso e partir para a próxima questão, que se apresenta como um complemento da primeira. Na segunda questão então, com base nos nomes das legendas, o professor deve esclarecer que se trata da mesma pessoa, mas que sua trajetória e as necessidades de mudança relegaram a ela diferentes nomes, como o português Anna de Sousa. Além disso, pode ser chamada de de rainha Ginga, Nzinga, Nzinga Mbandi, Ngola Nzinga, Nzinga de Matamba, Ann Nzingha, entre outras denominações, mas que tratam da mesma pessoa, que pertence ao reino do Ndongo e Matamba. Na terceira questão, os estudantes devem perceber que mesmo sendo rainha, Njinga também era uma guerreira, e por isso foi uma das protagonistas da resistência dos povos africanos.
Na última questão, as principais semelhanças e diferenças que podem ser percebidas nas roupas, pose e também na diferença de tempo de uma imagem para a outra, que realmente se trata de diferentes períodos e pessoas que produziram, pois a primeira foi produzida por um europeu, em 1769, e a segunda, para rememorar a figura da rainha na capital da Angola, Luanda, já em 2002.
Problematização
Orientações:
Na segunda etapa da Problematização, leia para os alunos a história em quadrinhos de Njinga, da página 10 à 28, e se possível, mostrar as imagens presentes no livro, que auxiliam a se identificar com a História, a leitura deve durar cerca de 7 minutos. As perguntas que devem ser realizadas aos alunos estão no próximo slide.
Fonte:
UNESCO. Njinga a Mbande - Série UNESCO Mulheres na história da África. UNESCO, 2014. Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/77/Nzinga_Mbandi_Queen_of_Ndongo_and_Matamba_Portuguese.pdf>. Acesso em: 23 fev. 19.
Problematização
Orientações:
Nesta etapa da Problematização espera-se que os alunos percebam que a primeira imagem apresentada representa a visão europeia de Njinga, tanto em relação às roupas quanto à postura que uma rainha deveria ter naquele período. Mas, mesmo que em alguns momentos a mesma tenha se apropriado da cultura europeia, o seu perfil de guerreira é o mais descrito nas histórias e nas representações sobre ela.
Sua história auxilia de forma direta a perceber como os africanos resistiram não só com as guerras travadas contra os portugueses em Angola mas também resistindo à dominação religiosa e cultural. Além disso, a figura feminina forte e heróica contribui para a desconstrução de uma história que privilegia os grandes homens.
Sistematização
Tempo sugerido: 20 minutos.
Orientações:
Nesta etapa, os estudantes devem sistematizar a aula por meio de uma história em quadrinhos. Deve-se deixar claro que a proposta é diferente da que foi contada a eles pelo livro da UNESCO. Nesta, eles terão que falar sobre suas características, ou seja, contar sobre a personalidade da rainha, como ela se portava perante os inimigos, sua família e seu povo. Desta forma, espera-se que os alunos percebam a figura de Njinga como uma das protagonistas na resistência, identificando os aspectos da personagem que mostram a resistência travada pelos africanos.
O modelo para a criação da HQ pode ser acessado pelo link:
Sugestão de adaptação para ensino remoto
Ferramentas sugeridas
- Essenciais: fontes históricas (em PDF, print ou link), Whatsapp, E-mail ou Google sala de aula.
- Optativas: Hangouts, Google Imagens, Flipgrid, Anchor.fm.
Contexto
O objetivo desta aula é Identificar as formas de resistência dos povos africanos ao processo de dominação e escravização no século XVII.
Para desenvolvê-la com os seus alunos, você poderá trabalhar de forma:
- Assíncrona, disponibilizando por meio do Whatsapp, e-mail ou Google sala de aula (veja como usá-lo aqui), os materiais e orientações necessários. As devolutivas dos alunos podem ocorrer da mesma forma ou com agendamento de um momento síncrono.
- Síncrona, apresentando os materiais (projetando-os na tela) e orientações enquanto realiza uma videoconferência por meio do Hangouts (veja aqui como criar uma reunião online).
Para dar início a esta aula, incentive-os a refletirem e conversare com familiares e/ou pessoas próximas sobre: para você, o que significa resistir?
Disponibilize a imagem do slide 1 e/ou sugira que pesquisem no Google Imagens o termo resistência negra, e depois “black resistance”. Eles devem refletir:
- Estas imagens têm relação com o que você havia pensado?
- Como são as pessoas que aparecem nestas pesquisas de imagens? O que elas fazem?
- Você conhece outras formas de resistência?
Indique que consultem: MICHAELIS. Significado da palavra resistência. Dicionário Michaelis, 2019. Disponível aqui. Acesso em: 20/06/2020.
Problematização
Nesta etapa, os estudantes deverão conhecer mais a respeito do conceito de resistência, a partir da trajetória de uma rainha africana. Disponibilize aos alunos a história em quadrinhos de Njinga, disponível aqui: UNESCO. Njinga a Mbande - Série UNESCO Mulheres na história da África. UNESCO, 2014.
Oriente-os a ler a narrativa e selecione algumas passagens a serem trabalhadas. Sugere-se:
- pág 10 - A qual período e local sua história corresponde?
- pág 18 e 19 - Como era a exploração portuguesa em Ndongo?
- pág 21 e 22 - Como era a formação e descendência de Njinga?
- pág 25 e 30, 31 e 32 - Quais eram as habilidades dela para negociar com os portugueses?
- pág 37 - Qual o posicionamento de Portugal em relação ao domínio de Njinga?
- pág 38- Como e em quais países ela é reconhecida?
Solicite que, ao final desta etapa, os alunos cheguem a uma conclusão sobre:
- Por que a rainha Njinga é vista como um símbolo de resistência?
Sistematização
É interessante que os alunos construam um diálogo entre mulheres negras que empreenderam resistências no passado, como Njinga, e no presente. Quais são os problemas enfrentados até hoje por elas? Para isso, podem pesquisar em plataformas como o Geledés: 9 mulheres negras que mudaram o mundo. Geledés, 18 dez. 2014. Disponível aqui. Acesso em: 20/06/2020.
Em duplas ou trios, os alunos podem interpretar os diálogos por meio de mensagens de texto, áudios ou vídeos. Podem compartilhar os prints ou postá-los em murais como o Flipgrid (veja como usar aqui) ou o Anchor.fm (veja como usar aqui).
Convite às famílias
Para conhecer mais a respeito da rainha Njinga, sugira que assistam juntos ao curto vídeo educativo de uma televisão angolana: Nzinga Mbande, a Rainha Guerreira e Símbolo da Resistência africana. Mwana Afrika - YouTube, 18 jun. 2019. Disponível aqui. Acesso em: 20/06/2020.
Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores de Nova Escola
Professor: Ruhama Sabião
Mentor: Andrea Kamensky
Especialista: Guilherme Moerbeck
Assessor pedagógico: Oldimar Cardoso
Ano: 7º ano do Ensino Fundamental.
Unidade temática: Lógicas comerciais e mercantis na modernidade.
Objeto(s) de conhecimento: As lógicas mercantis e o domínio europeu sobre os mares e o contraponto Oriental.
Habilidade(s) da BNCC: EF07HI14 Descrever as dinâmicas comerciais das sociedades americanas e africanas e analisar suas interações com outras sociedades do Ocidente e do Oriente.
Palavras-chave: Mercantilismo, História da África, resistência.
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