Plano de aula: Produção de texto dramático escrito: textualização

Sobre este plano

Este slide não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você, professor, possa se planejar.

Sobre esta aula: Esta é 14ª aula de uma sequência de 15 planos de aula com foco no gênero Texto dramático (esquetes, peças curtas) e no campo de atuação Artístico-literário. A aula faz parte do módulo Produção de textos.

Materiais necessários: Computador e projetor; materiais impressos (planejamento e rubrica de avaliação).

Informações sobre o gênero: Texto dramático (esquetes, peças curtas). O gênero dramático é um dos três gêneros literários, junto do lírico e do épico. Diferentemente de outros textos narrativos, o dramático, ou teatral, é feito para ser encenado, e não para ser contado; sendo assim, não é necessária a presença de um narrador. O texto teatral apresenta em sua estrutura três elementos básicos: as falas, os personagens e as rubricas. É interessante observar que a palavra “drama” tem origem grega e significa “ação”, ficando assim mais fácil de constatar que a ação é o elemento caracterizador deste gênero. Por este motivo, a linguagem corporal tem fundamental importância no momento da encenação, tornando-se, junto com a linguagem verbal, dinâmica, expressiva e envolvente.

Dificuldades antecipadas: Os alunos podem ter dificuldades em utilizar o planejamento do texto para a produção, percebendo a necessidade de modificar o que foi pensado anteriormente, o que não é um problema, mas pode ser visto por eles como falha; neste sentido, deixe claro que o processo de escrita é assim, o planejamento é um apoio para a produção, um ponto de onde partir, e que pode ser revisto. Além disso, os alunos também podem apresentar dificuldades no processo de textualização em relação aos itens de rubrica de avaliação; peça que observem os itens da rubrica a fim de orientar a produção escrita.

Referências sobre o assunto:

CHANDRASEGARAN, Antonia. A intervenção como recurso no processo da escrita. São Paulo: SBS Livraria, 2003. Tradução de Rosana Sakugawa Ramos Cruz Gouveia.

COBRA, Rubem Queiroz. Como escrever uma peça de teatro. Disponível em: <http://www.cobra.pages.nom.br/ecp-teatroscript.html>. Acesso em: 3 dez. 2018.

DIANA, Daniela. Gênero dramático. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/genero-dramatico/>. Acesso em: 3 dez. 2018.

DIANA, Daniela. Texto teatral. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/texto-teatral/>. Acesso em: 29 nov. 2018.

FORMAGIO, Amélia Zenir Coral. Transposição do conto para a peça teatral. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2009_uem_portugues_md_amelia_zenir_coral.pdf>. Acesso em: 29 nov. 2018.

MACHADO, Maria Clara. A aventura do teatro & como fazer teatrinho de bonecos. Rio de Janeiro: Singular, 2009. 2ª edição.

NOVA ESCOLA. Adaptação de conto para peça teatral. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/5407/adaptacao-de-conto-para-peca-teatral>. Acesso em: 3 dez. 2018.

VASCONCELOS, Ângela do Céo Gonzaga. Produção textual e encenação com base em histórias infantis. Disponível em: <http://teatronaescola.com/index.php/noticias/item/114-producao-textual-e-encenacao-com-base-em-historias-infantis>. Acesso em: 3 dez. 2018.

Tema da aula

Tempo sugerido: 5 minutos.

Orientações:

• Informe aos alunos que nesta aula eles colocarão em prática a produção de um texto dramático com base em um planejamento previamente elaborado da adaptação de um Conto de fadas para texto dramático. Sugere-se que este planejamento seja realizado anteriormente a esta aula a fim de que os alunos já disponham dos itens planejados para textualizar. Recomendamos, por isso, que as aulas deste módulo de produção de texto dramático sejam usadas na sequência a fim de que se siga o percurso da produção de texto. Na aula anterior a esta, já está disponível um exemplo de planejamento a ser realizado em duplas pelos estudantes.
• É importante que, no momento da textualização, os alunos disponham de livros sobre os Contos de fadas que serão adaptados por eles, a fim de que possam inspirar-se em alguns trechos, personagens, cenários etc., facilitando o processo de escrita.
• Para motivá-los, pergunte: O que é necessário para escrever um texto dramático? Por meio desta pergunta, retomam-se os conhecimentos que os alunos já desenvolveram sobre o tema, como a necessidade de apresentar o texto em discurso direto e a presença das rubricas, além de retomar as informações que os alunos já descreveram no planejamento do texto, previamente elaborado.

Introdução

Tempo sugerido: 5 minutos.

Orientações:

• Na introdução da aula, é importante apresentar a rubrica de avaliação, que poderá orientar o processo de escrita e autoavaliação dos estudantes.
• As rubricas devem ser construídas junto com os estudantes, com base na elaboração de itens que podem variar do que seria uma produção insatisfatória, satisfatória, ótima, por exemplo, e abarcar pontos importantes de caracterização do gênero em questão e até mesmo questões voltadas para a revisão do texto.
• Construir a rubrica com os estudantes é importante, pois eles estariam cientes da avaliação a que seria submetido o texto produzido por eles, com critérios que eles mesmos poderiam ajudar a elaborar. Uma sugestão para tornar este processo lúdico seria dar nomes, escolhidos por eles, para cada etapa, por exemplo: se a sala é fã de videogame, existem vários tipos deles, assim, um texto que cumpriu o que se considera insatisfatório poderia ser um “atari” (videogame antigo), um texto satisfatório poderia ser um PlayStation e um texto ótimo um Xbox. Esta escolha dos nomes para as “fases” do texto são motivadoras e ajudam na construção dos critérios.
• Obviamente, esta construção dos critérios leva tempo, e sugere-se que, neste momento, a rubrica já esteja pronta, e seja apenas reapresentada aos estudantes.
• Para auxiliar no processo de construção das rubricas de avaliação, recomenda-se a leitura dos Materiais complementares.
• Para acessar um modelo de rubrica específico para o texto dramático, clique aqui. Este é apenas um modelo, pois aconselhamos a construção de uma rubrica com os estudantes. Importante: evitar o termo “rubrica” ao se referir aos critérios de avaliação, pois, como o texto dramático também tem rubricas, o aluno pode se confundir.
• Após a leitura da rubrica/critérios, organize os alunos em duplas para prosseguir com a atividade (se estiver utilizando o módulo de produção de texto em sequência, devem ser as mesmas duplas formadas na primeira aula e que elaboraram juntas o planejamento).

Materiais complementares:

A seguir, materiais sobre rubricas de avaliação:

BIAGIOTTI, Luiz Cláudio Medeiros. Conhecendo e aplicando rubricas de avaliações. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA, 12, 2005, Florianópolis. Anais. Florianópolis, ABED, 2005. Disponível em: <http://www.abed.org.br/congresso2005/por/pdf/007tcf5.pdf>. Acesso em: 7 dez. 2018.

MATHEUS, Aline dos Reis. Rubrica como ferramenta para a avaliação de habilidades. Disponível em: <http://site.primeiraescolha.com.br/blog-educacao/rubrica-como-ferramenta-para-a-avaliacao-de-habilidades>. Acesso em: 5 dez. 2018.

Desenvolvimento

Tempo sugerido: 35 minutos.

Orientações:.

• Reserve os 5 minutos iniciais para a elaboração das frases de apresentação da personagem escolhida. O objetivo é mobilizar a criatividade na elaboração do perfil das personagens e colocar à prova a seleção das frases a ser dita, a fim de que se verifique a possibilidade de elas ser encenadas futuramente.
• Aqui também é interessante que os alunos pensem a respeito de como a personagem irá se expressar, a relação entre a linguagem e a época da história. Por isso, é importante retomar conceitos de variação linguística, aproveitando o momento para relembrar os diferentes tipos de variação (regional, histórica, sociocultural) e a especificidade do texto dramático, em que a fala da personagem deve retratar o jeito que a personagem se expressa, como é ela é, sem preocupar-se tanto com questões normativas do padrão escrito da língua. Por exemplo, se trouxeram um conto de fadas para a atualidade, como isto estará refletido na forma de falar das personagens? (Por exemplo, por meio de gírias e expressões atuais).
• Além da fala, que outros aspectos são importantes para caracterizar esta personagem? (Figurino, modo de andar, voz… estas são indicações que estarão nas rubricas e podem fazer parte desta pequena “encenação”.)
• Assim que as duplas realizarem a escrita das “frases” desse minimonólogo, no tempo estipulado para o desafio, solicite que se apresentem, e verifique se os colegas conseguiram descobrir ou não as personagens. Em caso de não ser descobertas, pergunte por que foi difícil saber quem era, e oriente a dupla a observar os aspectos apresentados pelos colegas (informações que faltaram, por exemplo características importantes da personagem que não foram exploradas nas falas, ou não indicação da posição social ocupada pela personagem - princesa, criada, lenhador etc., para que fosse facilmente identificada).
• Terminada a rodada de apresentações, solicite que as duplas retomem o planejamento e iniciem a escrita propriamente dita da adaptação.

Desenvolvimento

Orientações:

• O tempo previsto nesta aula é insuficiente para a conclusão deste processo de adaptação de Conto de fadas para uma versão teatral. Por isso, recomenda-se que sejam destinados pelo menos mais dois tempos de aula para completar a produção escrita.
• Acompanhe o trabalho das duplas e verifique se estão observando as informações tanto do planejamento quanto da rubrica avaliativa.
• Faça intervenções, caso perceba dificuldades dos alunos em realizar a textualização; oriente-os a voltar ao planejamento sempre que necessário, e repassar os critérios de avaliação.

Fechamento

Tempo sugerido: 5 minutos.

Orientações:

• Conforme tratado no slide anterior, é necessário que os alunos tenham mais tempo para finalizar a produção escrita.
• Pensando no momento de finalização da primeira versão do texto, sugere-se abrir espaço para a discussão coletiva das duas questões do slide.
• Para a questão 1, imagina-se que os alunos respondam que o planejamento colaborou para que eles não se “perdessem” no momento da escrita; para aqueles que disserem que tiveram de “mudar o planejamento, que não adiantou de nada”, reforce que o planejamento é um importante ponto de partida, mas que também é flexível e pode ser alterado.
• Em relação à questão 2, espera-se que os alunos respondam que, ao saber dos critérios, fica mais fácil escrever a fim de atingi-los.
• Diga para eles que reconhecer os processos que envolvem a escrita do texto torna a tarefa de escrever mais fácil e prazerosa.
• Parabenize a turma por esta primeira etapa concluída.