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Plano de Aula
Plano 4 de uma sequência de 5 planos. Veja todos os planos sobre Dança
Contextos prévios:
Para a realização desta atividade selecione algumas músicas clássicas. Use a internet para fazer esta seleção e/ou converse com um professor de música para escolha do repertório. Priorize músicas que contemplam tempos, ritmos e durações diferenciadas. Dessa forma, serão ampliadas as possibilidades de experiências das crianças. Algumas sugestões são: clássicos do compositor brasileiro Heitor Villa Lobos;Marcha Radetzky, Ópera 228 de Johann Strauss; Marcha de Pompa e circunstância, nº 1, Ópera 39 de Edward Elgar. Concerto para flauta BWV 1044 Allegro de Bach.A canção de ninar clássica de Brahms, Lullaby. Para Elisa (Für Elise), Claro de luna, Sonata para piano nº 14, e a Sonatanº 8 em Dó menor de Beethoven. Se preferir realize as propostas ao som de músicas populares brasileiras, MPB, como Mundo da Criança (Toquinho), Chico & Vinicius para crianças, Partimpim (Adriana Calcanhoto). Além de selecionar as músicas, combine com um adulto da escola e peça para que, em horário previamente definido, bata na porta e sinalize que está deixando no local a caixa com objetos sonoros.
Materiais:
Aparelho de som, músicas clássicas ou MPB em Cds ou pen drives e câmera ou celular para registrar. Caixa com diversos objetos sonoros confeccionados previamente, como chocalhos com grãos finos, molhos de chaves, saquinhos com moedas lacrados, bastões de metal, pau de chuva, latas e potes de plásticos (pesquise boas sugestões na internet).
Espaços:
Realize esta atividade dentro da sala de referência, previamente organizada. Considere as especificidades dos bebês e priorize um espaço amplo que favoreça a mobilidade deles.
Tempo sugerido:
Aproximadamente40 minutos.
Perguntas para guiar suas observações:
1. Durante a proposta, os bebês exploram os objetos sonoros? Demonstram autonomia para explorar esses materiais ou precisam ser encorajados? Trocam objetos entre si?
2. Como os bebês demonstram interesse em experimentar diferentes ritmos e fluxos promovidos durante a atividade de dança?
3. De que modo as situações de interação que a atividade promove contribui para que os bebês ampliem as possibilidades corporais? Por imitação? Por livre expressão? Por exploração?
Para incluir todos:
Identifique barreiras físicas, comunicacionais ou relacionais que podem impedir que uma criança ou o grupo participe e aprenda. Reflita e proponha apoios para atender as necessidades e diferenças de cada criança ou do grupo. Organize um espaço adequado para a mobilidade dos bebês, de modo que possam ir e vir com autonomia, seja apoiando, engatinhando ou arrastando. Assegure um espaço para que as crianças que não possuem autonomia de locomoção participem das atividades propostas, seja observando os colegas, imitando seus movimentos ou estando próximas ao grupo.
1
Inicie a atividade com sutileza enquanto os bebês estão envolvidos nos cantos fixos da sala ou explorando objetos, brinquedos e/ou materiais acessíveis a eles. Coloque uma das músicas previamente selecionadas e observe atentamente as ações e reações conforme o andamento da música. Perceba seus interesses e entusiasmo, note se interrompem o que estão fazendo para dar atençãoao que ouvem. Trata-se de um convite sensorial inicial para entrar na atividade. Observe com atenção, se aproxime fazendo comentários como: “olha, você está dançando!”. Convide para dançar cada um que está próximo ou incentive, dizendo: “olha quem veio dançar no meio da sala!”. Dirija-se a todos, perguntando quem mais quer vir dançar. Aproveite o momento e registre esta etapa por meio de filmagens, para que posteriormente possa analisar o quanto esta alteração sonora no ambiente impacta nos movimentos dos pequenos.
2
Ao terminar a primeira canção, deixe o som do silêncio invadir o ambiente. Nesse contexto, observe a reação dos bebês, se percebem o silêncio e se demonstram expectativa por escutarem mais uma canção. Faça perguntas que encorajem os bebês para a participação na atividade. Neste momento, provavelmente você terá atenção de grande parte do grupo, aqueles que se locomovem já estão até mais próximos de você e os que não o fazem te acompanham pelo o olhar. Esteja atento à expressão dos bebês que revelam o desejo de ouvir mais músicas.
Possíveis falas do professor neste momento: Ih! Acabou a música...Será que tem outra? Hum..quem quer ouvir mais música?Vamos?
3
Explique a proposta aos bebês e convide-os para dançar uma música mais animada, como a “Canoa virou”, de Heitor Villa Lobos ou "A foca", de Vinícius de Morais . Aperte o play, vibre e dance com os bebês. Observe as expressões deles por meio de seus gestos e de como se movimentam tentando ajustar o corpo ao ritmo. Valorize suas ações e encoraje a todos a ampliarem suas possibilidades. Atue, não apenas no coletivo, mas também nos pequenos grupos e, se necessário, individualmente. Dance com os bebês menores, segure em suas mãos, pegue no colo e favoreça a participação de todos. Promova situações em que se amplie as possibilidades de dança dos bebês, repertoriando por meio dos movimentos dos colegas. Teça comentários relacionados a algum bebê que esteja balançando os braços, batendo os pés ou outro movimento que possa inspirar os demais e faça um convite a imitação.
4
Em horário previamente combinado com um adulto, desligue a música, escute a batida na porta e veja se os bebês percebem essa interferência sonora. Chame a atenção deles e convide-os a irem até a porta com você. Ao abri-la, pegue a caixa e faça uma expressão de surpresa. Veja se estão curiosos e instigue-os dizendo que tem uma surpresa na caixa. Abra uma pequena fenda, deixe que se aproximem e encoraje os bebês a “espiarem” o que tem na caixa. Permita que façam tentativas de abrir e, caso não consigam de forma autônoma, ofereça ajuda.
5
Aberta a caixa, encoraje os bebês a pegarem os objetos. Deixe os materiais acessíveis a todos, colocando sobre um tapete na sala para que, caso tenham interesse, peguem e troquem os objetos. Zele para que os bebês menores também tenham acesso aos objetos. Se necessário, confeccione acessórios, como pulseirinhas com guizos, para favorecer a participação deles na proposta. Inicialmente, deixe que explorem os objetos como desejarem.
Possíveis falas do professor neste momento: Olha o que tem aqui para nós brincarmos: objetos sonoros! Vamos ver como podemos brincar com eles? Que legal, faz barulho quando sacudimos! Alguém quer experimentar fazer esse barulho? Olha o colega está com um que faz um som bem forte!
6
Ligue novamente a música, uma opção interessante para este momento é "O Pato" de Toquinho, e utilize objetos sonoros para aguçar a percepção das alterações rítmicas da música, fazendo movimentos que se ajustem a melodia. Dance e movimente-se fazendo uso deste elemento. Observe como os bebês gesticulam e fazem uso deste material durante a proposta. Encoraje-os a experimentar novas possibilidades, por exemplo, chamando a atenção para o rítmo da música.
Para finalizar:
Para finalizar a atividade, coloque uma música tranquila como Saiba de Adriana Calcanhoto e avise os bebês que essa é última música desta atividade e que, quando ela terminar, todos poderão colaborar na organização do espaço. Ao término da música, solicite que, dentro de suas competências, guardem os objetos sonoros em uma caixa previamente preparada para este fim. Combine com os bebês que esta caixa ficará ao acesso deles para que façam uso em outros momentos e anuncie a próxima atividade.
Faça uma pesquisa junto às famílias de seus alunos a fim de saber se há familiares que tocam instrumentos musicais de corda ou sopro e se teriam disponibilidade de compartilhar com as crianças esse talento, vindo tocar para os bebês. Esta proposta é bem flexível e não se trata de um evento com sequências de apresentações. Ao contrário, a sugestão é que as participações das famílias sejam tão sutis quanto a atividade realizada e surpreenda as crianças com a mudança sonora do ambiente. Veja sugestão de impresso de pesquisa e intenção de participação aqui.
Edite alguns trechos da atividade filmada e compartilhe com as famílias. Convide-as para uma roda de socialização no momento de acolhida ou despedida. Compartilhe com eles a atividade vivenciada pelas crianças. Você pode fazer isto em um espaço da unidade escolar em que seja possível projetar a filmagem, seja em uma TV ou telão. Entretanto, se não tiver um projetor, você pode organizar um mural. Durante este momento explique às famílias o quanto as alterações nos sons do ambiente impactam nas reações das crianças e enfatize o quanto é importante promover momentos harmoniosos e divertidos junto aos bebês. Por fim, encaminhe-os até a sala onde estão os bebês e aperte mais uma vez o play para que possam dançar ao ritmo de música clássica com seus filhos. Veja modelo de convite aqui.
Clássico para dançar, ouvir e tocar com os bebês
Apresente a proposta
Se for possível, grave um vídeo convidando a turma para a atividade, contando sobre os clássicos que gostava de ouvir quando criança. Dance, usando um chocalho simples de ser feito (como uma pequena garrafa pet e grãos dentro), acompanhando os movimentos corporais ao som da música. Uma boa opção é utilizar clássicos da MPB, como “o Pato”, de Vinicius de Moraes.
Assim, de forma animada e convidativa, termine dizendo:
- Que tal familiares e bebê dançarem, juntos, ao som de clássicos para crianças?
Esses momentos de proximidade geram boas memórias afetivas, fundamentais agora e no retorno para a escola. Envie o vídeo pela plataforma que estão utilizando em sua rede, ou pelo Whatsapp.
Adaptações necessárias
Oriente que a família utilize garrafas pet com algo dentro para produzir som. Diga para aproveitarem o que tiverem disponível em casa, como arroz, feijão ou pedrinhas (bem vedado, para não abrir). Sugira que, se possível, realizem a dança em um espaço externo, como quintal, corredor lateral, sacada de apartamento, ou outro onde possam dançar divertidamente sob a luz do sol (importante cuidado com a saúde, preservando a natureza que está dentro de nós). Caso a atividade precise ser realizada em espaço interno, sugira que seja feita em local próximo a uma janela, que dê acesso ao ambiente externo através do vidro.
Sugira às famílias
Convide os familiares a deixarem o bebê bem à vontade durante a atividade, explorando os movimentos corporais dentro das possibilidades dele e utilizando a garrafa sonora de acordo com as próprias preferências. Sugira que iniciem a atividade colocando uma das músicas preferidas selecionadas pela família, de acordo com a proposta, fazendo gestos e sons com o objeto sonoro ao ritmo da música. Oriente que o adulto referência atue como modelo, de forma animada.
Assim, a família evoca memórias afetivas da infância, assim como você fez e compartilhou no vídeo. Se vários familiares se envolverem, sugira que utilizem uma série de músicas para reprodução. Durante o tempo em que estiverem dançando, sugira que nomeiem as canções, validem os gestos e movimentos, chamando a atenção dos bebês para os sons que estão produzindo com os corpos de forma interativa.
É importante que acompanhem e observem como o bebê se envolve e o que demonstra gostar mais no decorrer do processo. Assim, ao nomear essas preferências, o familiar amplia o autoconhecimento do bebê, colocando ele em contato com a própria natureza, nesse momento onde se encontra privado de brincar diretamente em contato com a natureza externa. Proponha que o adulto participe dessa dança e, juntos, se divirtam em meio às memórias afetivas passadas e criando novas, que certamente fortalecerão o vínculo familiar através dessa prazerosa interação.
Para compartilhar com o grupo
Convide os familiares a compartilharem um registro desse momento gostoso: pode ser por foto, vídeo ou áudio. Peça para comentarem, compartilhando como foi essa vivência em casa ao dançarem e rememorarem momentos da própria infância. Compartilhe os arquivos com a turma, estimulando a participação de todos. Quando o isolamento social terminar, proponha a dança com as famílias na escola. Pode ser uma valiosa estratégia para apoiar a transição, no período de readaptação escolar, através da associação de memórias afetivas construídas em casa e associadas ao contexto escolar, de forma recíproca.
Este plano de atividade foi elaborado pelo Time de Autores NOVA ESCOLA
Autor: Tamira Paula Torres Martins de Souza
Mentor: Keli Luca
Especialista do subgrupo etário: Ana Teresa Gavião
Campos de Experiência: o eu, o nós e o outro; corpo, gestos e movimento;
traços, sons, cores e formas; espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
Objetivos e códigos da Base:
(EI01TS03) Explorar diferentes fontes sonoras e materiais para acompanhar brincadeiras cantadas, canções, músicas e melodias.
(EI01ET06) Vivenciar diferentes ritmos, velocidades e fluxos nas interações e brincadeiras (em danças, balanços, escorregadores etc.)
(EI01EO05) Reconhecer seu corpo e expressar suas sensações em momentos de alimentação, higiene, brincadeira e descanso.
Abordagem didática: A dança é uma manifestação cultural tão antiga quanto a história da civilização humana. Ao planejar espaços e tempos para a prática, é importante garantir uma diversidade de danças, ritmos e instrumentos, considerando opções regionais, populares, clássicas etc. Afinal, ampliar o repertório ajuda na construção de um olhar atento e respeitoso quanto às diferenças. Além de aprendizado, dançar provoca prazer. É interessante convidar os bebês para dançar entre eles, com os adultos ou mesmo com objetos. Aos poucos, eles percebem a relação do corpo com a música e a potência dos seus gestos e movimentos.
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